Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Na manhã desta quarta-feira, o novo head esportivo do Coritiba, Willian Thomas concedeu entrevista coletiva pela primeira vez. Ele se apresentou citando que participou de processo de seleção junto aos acionistas e que se identifica com os pilares dos processos de excelência do Coritiba.
Questionamentos:
No que o torcedor pode se apegar em relação ao sucesso do Coritiba na série B?
“Primeiro a relação de confiança para com o torcedor, que temos que reconquistar, a competição é caracterizada pelos jogos dentro de casa, que serão determinantes. Vamos reconquistar o torcedor com atitudes e com competência.”
Sobre se já tem um panorama do elenco e as necessidades:
“A Avaliação do elenco é feita do dia a dia, me detive nesses dias a olhar isso e entender a idiossincrasia da organização, tanto antes, durante e depois dos treinamentos. Quanto às oportunidades de mercado, não estamos parados, estamos vendo oportunidades com ótimo custo-benefício para a instituição. Já temos acerto com o Morelli, que deve se apresentar na terça, esperamos avançar com outros atletas também envolvidos em finais de campeonatos estaduais”.
Em relação ao orçamento disponível para as contratações:
“Percebo um alinhamento entre todas as áreas, temos orçamento sim, e temos condições de nos reforçar dentro do que foi estabelecido nesse orçamento”.
Com orçamento definido, como está refletindo na prática a busca de atletas no mercado?
“O futebol brasileiro está numa crescente em termos de valores monetários, e claro que os “pacotes” ficam cada vez maiores, pois não se resume só a salário, são luvas, bonificações, prêmios etc. Temos que ser mais assertivos e consistentes na hora de definir um alvo no mercado. Estamos com esse foco no mercado interno para contratar os reforços, conscientes que vamos no nosso limite para as contratações”.
Sobre um elenco robusto e competitivo, pode explicar? E Quais as carências do elenco no momento.
“Precisamos de um elenco competitivo, para que a equipe não sinta na hora de substituições por qualquer motivo, a competição vai exigir isso. Falar sobre posições é complicado, o Coritiba também está sendo observado, podemos ter saídas em posições que não estão no nosso foco. Mas estamos buscando em três ou quatro posições essa equiparação e complementariedade”.
Em relação ao foco principal, será nesta janela ou na janela do meio do ano?
“A janela do meio do ano oportuniza a busca em outros mercados, principalmente o sulamericano, então o foco será na busca de soluções em vários mercados não só o brasileiro”.
O dinheiro da SAF para contratações está represado?
“Nesses dez dias que estou aqui não percebi nada disso, trabalhamos em sincronia entre o CEO, acionistas e pessoas que lideram o projeto. Não tivemos nenhuma obstrução naquilo que aventamos até agora”.
Sobre o que deu errado na Copa do Brasil e no paranaense:
“Tive conversas a respeito, claro que algo não andou bem, pois os objetivos traçados não foram alcançados. O clube como um todo tem ciência disso. Volto a falar da confiança em relação aos atletas, que é adquirida quase que num processo artesanal, e é muito difícil chegar no ápice da carreira, aí nós da direção é que temos que proporcionar ao atleta para que seja alcançado este ápice”.
Quais critérios foram adotados para a manutenção da comissão técnica?
“Temos que ter a frieza de entender como o processo foi feito. A escolha do Guto foi feita pelo histórico que tem na competição, tem quatro acessos, um profissional que é talhado a trabalhar com atletas em formação. Foi uma decisão colegiada, desde minha parte, da diretoria e dos acionistas”.
Não corre o risco de acontecer como no ano passado, depois de um mês, na estreia do campeonato o treinador ser demitido?
“Vejo que a continuidade do trabalho também é um reforço, às vezes começar do zero te dá outros problemas. Vamos respaldar o trabalho do Guto, que já conhece o elenco e está desde a temporada passada no clube”.
O Coritiba tem o sistema SIAD, como será esse trabalho?
“Minha origem é no treinamento desportivo, hoje estou aqui como Head de futebol e diretor executivo. A tecnologia é um caminho sem volta, temos muitas informações que devem ser tratadas com a devida customização para aquilo que a gente acredita, isso não só sobre o scout de mercado, mas de todo processo interno aqui. O Coritiba está muito bem nesse quesito. Isso vai nos facilitar muitas tomadas de decisão em relação ao plantel e aos que forem contratados no mercado”.
Quanto à questão de ter trabalhado no rival:
“Trabalhei em muitos clubes no Brasil e fora do Brasil, e vamos agregando valor, o torcedor vai entender que tem muito profissionalismo de minha parte, vou trabalhar no meu limite para entregar tudo o que o clube espera de mim”.
Como vê o Alef Manga no planejamento deste ano?
“Estamos acompanhando os desdobramentos no STJD, temos que aguardar, no momento que for liberado será reintegrado.”
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)